Terras de Sicó quer apoios para fazer face aos danos provocados pelos incêndios

Escrito por em 2022-07-22

A Terras de Sicó – Associação de Desenvolvimento aprovou uma moção de defesa e intervenção junto das autoridades regionais e nacionais em defesa das suas populações e do património natural e construído do maciço de Sicó.

A aprovação decorreu em reunião entre a sua direcção e os presidentes dos Municípios de Alvaiázere, Ansião, Condeixa-a-Nova, Penela, Pombal e Soure. A associação reivindicou ainda medidas urgentes de apoio às famílias e empresas do seu território de intervenção.
Pedro Pimpão, presidente do Município de Pombal, na qualidade de presidente da direcção da Terras de Sicó assumiu com os seus parceiros dos Municípios associados o desafio de reivindicar medidas urgentes que minimizem as perdas patrimoniais e económicas sofridas pelas populações e tecido empresarial.
O levantamento da área ardida e o cálculo dos prejuízos será uma prioridade que a Terras de Sicó quer executar em tempo útil, contando com a articulação funcional das equipas multidisciplinares dos Municípios na recolha de dados que permitam avaliar globalmente o impacto económico, social e ambiental dos incêndios que assolaram o território, validando a necessidade de uma posição política robusta e consequente junto das entidades que tutelam estes sectores.
Muitos projectos financiados no âmbito do Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC) apoiados pela Terras de Sicó foram destruídos, sobretudo aqueles tipificados como pequenos investimentos nas explorações agrícolas, na sua transformação e comercialização, mas também projectos recentes no domínio da recuperação do património e também alguns das micro e pequenas empresas apoiadas no âmbito dos programas SI2E e + COESO na dinamização da base económica, criação de emprego e inclusão social, que sofreram danos irreparáveis.
Neste contexto, a Terras de Sicó mostra ser decisivo dar resposta às necessidades emergentes como o apoio à reconstrução das habitações e empresas, às famílias mais vulneráveis, mas também apoio primário ao alimento do gado, à renovação das pastagens, à limpeza dos acessos, entre outras tarefas de primeira linha.
Reforçar os instrumentos de gestão territorial, incorporando o planeamento de meios de mitigação das alterações climáticas em iniciativas em curso como o projecto da Rede de Aldeias do Calcário, o processo de candidatura da “Arte dos Muros de Pedra Seca” a património cultural imaterial da humanidade pela UNESCO e, sobretudo, dar um novo impulso ao projecto da proposta de delimitação de uma paisagem protegida de âmbito regional com um regulamento de gestão de proximidade é outro dos propósitos assumidos.
Tendo um papel central na parceria do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) Terras de Sicó, os autarcas dos Municípios presentes entendem que os GAL têm na proximidade e na gestão e animação territorial algumas das suas principais ferramentas, entendendo ser necessário partilhar com estas estruturas alguns instrumentos e financiamentos que se perspectivam para o próximo período de programação técnica e financeira, lembrando, entre outros, o Programa de Revitalização do Pinhal Interior (PRPI) anunciado, que deverá enquadrar resposta útil e alargar às Freguesias dizimadas uma intervenção adequada às necessidades emergentes.
Neste contexto, a Direcção da Terras de Sicó deliberou também solicitar uma audiência à ministra da Agricultura e Alimentação e outra à ministra da Coesão Territorial para lhes apresentar estas preocupações nos termos da moção aqui referenciada.


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