Teatro Nacional D. Maria II encerra por um ano, vai andar pelo país e passa por Pombal

Programação vai percorrer o país de Norte a Sul em 2023 e levar o teatro a populações de baixa densidade

O Teatro Nacional D. Maria II (TNDM) vai ser alvo de uma obra de renovação, requalificação e restauro já no segundo semestre de 2022. A intervenção custará 9,8 milhões de euros e acontece ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do Governo, financiado pela União Europeia. O teatro estará fechado durante todo o ano de 2023 e voltará a abrir as portas no ano seguinte. Até lá, a programação do D. Maria II vai percorrer o país com espectáculos de Norte, centro, sul e ilhas. A ambição é chegar a 80 municípios portugueses.

Uma das mais ambiciosas campanhas de remodelação da sala de espectáculos da capital lança as equipas técnicas e artísticas do teatro nacional numa verdadeira odisseia pelo país. Será a primeira vez em 180 anos que o TNDMII se vai instalar em casa emprestada, neste caso a ambição é chegar a 80 municípios portugueses. “O fecho do teatro por um ano é um desafio”, afirma Pedro Penim, Director Artístico do TNDM. No pano de fundo desta “verdadeira odisseia nacional”, está “o plano governamental para a dinamização de mais de 180 teatros“ em todo o território nacional.

O Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, o Centro Cultural e Congressos, nas Caldas da Rainha, o Teatro-Cine de Pombal e o Teatro Municipal de Ourém são alguns dos espaços que vão receber o TNDMII.

No território da Rede Cultura, Torres Novas, Torres Vedras e Alcanena também acolhem a programação de 2023, que além de espectáculos que vão do teatro mais clássico a estéticas mais arrojadas, aposta na capacitação das salas, envolvendo equipas artísticas e técnicas. A intenção é contribuir com o conhecimento do Teatro Nacional em áreas que vão da produção à formação de equipas, passando pela mediação de públicos, bilhética, comunicação e outras áreas essenciais. De acordo com o responsável, será esta a primeira vez que o Teatro Nacional Dona Maria II terá estreias fora de Lisboa.

“Estrearemos espectáculos de Norte a Sul do país“, afirma Pedro Penin. A ideia é chegar “também aos arquipélagos dos Açores e da Madeira”. Objectivo, aliás, que já começou a ser implementado em Setembro de 2021, como parte do projecto Rede Eunice Ageas, que levou peças do TNDM a teatros municipais parceiros. Com o apoio da DGArtes, o programa visa a descentralização e correcção de assimetrias na oferta cultural em Portugal.