Pombal: Festival Oh da Praça regressa às ruas e “celebra a cultura” durante quatro dias

Escrito por em 2022-04-12

Está de regresso uma das iniciativas “mais acarinhadas” do público pombalense: o Festival Oh da Praça. Promovido pela Junta de Freguesia de Pombal, em estreita colaboração com vários músicos de Pombal, e com o apoio do Município de Pombal, o evento “que celebra a cultura” arranca a 22 de Abril, no Jardim do Cardal com concertos, street art, solidariedade e muita animação durante quatro dias, até 25 de Abril.

Pois é, depois de duas edições, e de dois anos de interregno devido às restrições impostas pela pandemia, o festival urbano Oh da Praça regressa com quatro dias de animação, concertos, solidariedade, street art e mercado de rua. Se pensarmos que na sua primeira edição, em 2018, o festival teve direito apenas a um dia de festa, percebemos que desde essa altura “aumentou um dia por cada ano, a contar com os anos de pausa”, brinca Carla Longo, presidente da Junta de Freguesia de Pombal, durante a conferência de imprensa de apresentação do evento.

De acordo com Vasco Faleiro, músico e parte integrante da organização, o Festival “pretende ser um evento cultural como forma de valorizar não só os músicos da cidade, mas também trazer outros projectos e outras realidades a Pombal”, afinal “é essencial que tenhamos acesso a todos os tipos de cultura, desde os mais comerciais até aos mais alternativos”, opinião partilhada por Carlos Calika, produtor e realizador de cinema, da organização.

Para além da componente musical, que conta “em cerca de 50/50 a percentagem de artistas do concelho e artistas convidados”, o evento tem ainda uma vertente solidária, com “três iniciativas a decorrer durante os quatro dias, mas que vão ter continuidade depois do Festival”, explica Vasco Faleiro. De acordo com o responsável, “haverá uma recolha de tampinhas de plástico que posteriormente será trocada por uma cadeira de rodas ou uma prótese para alguém que necessite e que será identificada pelos serviços de acção social do município”, decorre ainda uma “recolha de bens essenciais, roupa, brinquedos e outros bens, que será posteriormente entregue à Associação Love Ukraine”.

Outra das surpresas vai visitar “quem não pode participar no festival, como os utentes de alguns lares de idosos do concelho”. Assim, “uma carrinha ‘pão-de-forma’ vai transportar os alunos de algumas escolas de dança pombalenses para realizarem um espectáculo em vários pontos do concelho, para que o festival possa chegar a vários públicos”. Vasco Faleiro deixa a certeza de que para além destes espectáculos, “podem existir outros ‘flash moobs’ durante o evento”.

O street art é outra das novidades programada com a participação de três artistas plásticos do concelho de Pombal. Raquel Fradique, Rui Cavalheiro e Luís Pinto (TT) vão pintar murais em diferentes espaços da cidade, sob a temática da liberdade, e que “será um primeiro passo para colorir um pouco mais a cidade, com apoio dos artistas da terra, que devemos valorizar e incentivar”.

No que toca à música concertos não vão faltar, e durante os quatro dias de Oh da Praça, estão agendados 18 espectáculos: Quinta-feira 12, Salomé, Skilla, Jerónimo, Stanis, MSTM, todos oriundos do concelho, e de Baleia Baleia Baleia (Porto), Sea Groove & The Ocean Travellers (Peniche), Marciano (Leiria) Mariana Camacho (Madeira) Cobra ao Pescoço (Figueira da Foz); Horse Head Cutters (Leiria), The Twist Connection (Coimbra) e A Boy Named Sue (Coimbra). Com direito a um ‘pézinho’ de dança ao final da noite, com show Case Cubo Mágico, a cargo de Eduardo Simões, na sexta-feira (22 de Abril), dj set de A Boy Named Sue no sábado (23) e dj de Carlos Matos na noite de domingo (24).

No Jardim do Cardal haverá ainda lugar para um mercado de rua, com a presença de artesãos locais e nacionais e a exposição do artista plástico Bruno Gaspar Lopes.

Pedro Pimpão, presidente da Câmara Municipal de Pombal, revela que o festival tem como objectivos, a “divulgação de talentos nas diversas vertentes artístico-culturais, assim como a promoção e afirmação de Pombal como um território criativo e propenso aos fenómenos de inovação cultural”. O autarca assegura “a total disponibilidade do município para apoiar este tipo de iniciativas, que envolvem a comunidade, em todos os sentidos”.

Carlos Calika, da organização, relembra “que é necessário apoiar os jovens e as iniciativas desta natureza”, para que possa “haver um maior enriquecimento cultural, e musical, na cidade e nos pombalenses”. Para o produtor, “este é um festival feito por paixão à cidade sem qualquer retorno financeiro”, mas que “enriquece culturalmente quem participa”.

Pode encontrar mais informações sobre o evento aqui.

 


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