Politécnico de Leiria lança estrutura de missão para desenvolver região

Escrito por em 2023-04-17

O Politécnico de Leiria apresentou esta sexta-feira (14) a Estrutura de Missão para o Desenvolvimento do Ecossistema da Região de Leiria e Oeste (EM@IPLeiria), que pretende contribuir para o enriquecimento do território e criar melhor qualidade de vida.

Abrangendo 24 municípios das comunidades intermunicipais de Leiria, do Oeste e os territórios de Soure e Ourém, a EM@IPLeiria congrega mais de 400 entidades, que inclui empresários, docentes, centros de investigação, entre outros parceiros externos com experiência e da sociedade civil.

“Acreditamos que podemos ser diferenciadores e contribuir para um futuro promissor para a nossa região, de modo a imprimir um outro nível de desenvolvimento. O objectivo desta iniciativa é responder a um dos principais desígnios de uma instituição de ensino superior: colaborar e trabalhar em prol do desenvolvimento da região onde estamos inseridos”, adiantou o presidente do Politécnico de Leiria, Carlos Rabadão.

Segundo o líder daquela instituição de ensino superior, esta estrutura irá “alinhar a estratégia de formação, de investigação científica e de desenvolvimento do Politécnico de Leiria com as reais necessidades de todo o território, desde Figueiró dos Vinhos até Torres Vedras”.

A estrutura tem por base “perceber a realidade e as necessidades de todo o território”, o que se irá reflectir quando o Politécnico de Leiria repensar a sua oferta formativa. “Vamos pensar no sentido de dar resposta às reais necessidades da região”, sublinhou Carlos Rabadão.

O presidente explicou que não será o Politécnico de Leiria a definir as linhas orientadoras, mas serão os intervenientes do território a dizer “para onde querem ir, quais são as suas potencialidades, os seus pontos fortes e fracos e de que forma o Politécnico os pode ajudar nesta caminhada”.

O coordenador da EM@IPLeiria, Agostinho Silva, explicou que o projecto, que está previsto para terminar em 2034, inicia, na primeira semana de Maio, “24 sessões em paralelo, uma em cada concelho”, para “elencar os pontos fortes e fracos” daquele território.

Na segunda sessão, será feita uma análise externa, “em modo de ‘brainstorming’, sobre as oportunidades e as ameaças” de cada um dos concelhos.

“A partir daí vamos cruzar os pontos fortes com as oportunidades”, assim como “cruzar as oportunidades com as fraquezas, no sentido de perceber como é que se podem mitigá-las para não se perderem as oportunidades”, acrescentou.

Os vectores definidos como estratégicos serão depois transformados em “acções concretas que podem criar riqueza”.

“Por exemplo, numa região, uma determinada produção agrícola pode gerar riqueza, mas precisa de muita água, que não existe. Vamos tentar criar um projecto piloto em que os centros de investigação do Politécnico irão procurar à escala global centros de investigação especialistas naquele produto e em água para validar. Se os resultados forem positivos, vamos tentar escalá-los”, exemplificou.

Agostinho Silva reforçou que o objectivo “é encontrar mecanismos de acções concretas potenciadores de gerar riqueza para resolver problemas concretos”.

“Faz-se muita investigação no Politécnico de Leiria, mas não conseguimos transformá-la em geração de riqueza.


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