Pedrogão Grande: Ex-autarca condenado a sete anos de prisão no processo da reconstrução de casas

Escrito por em 2022-02-01

À saída do tribunal, Valdemar Alves admitiu que não esperava este resultado

O Tribunal de Leiria decidiu, esta segunda-feira, condenar o ex-presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, a sete anos de prisão e o antigo vereador, Bruno Gomes, a seis anos. O Ministério Público aprovou as irregularidades na reconstrução de casas destruídas nos incêndios de 2017. A sentença do processo foi conhecida hoje no Palácio da Justiça de Leiria.

Valdemar Alves e Bruno Gomes estavam pronunciados por 20 crimes de prevaricação de titular de cargo político, 20 crimes de falsificação de documento e 20 crimes de burla qualificada, cinco dos quais na forma tentada, os mesmos do despacho de acusação.

O antigo presidente da Câmara foi ainda absolvido de alguns crimes, tendo sido condenado por 13 crimes de prevaricação de titular de cargo político e por oito crimes de burla qualificada e outros dois por burla qualificada na forma tentada. O que dá uma pena de sete anos de prisão.

À saída do tribunal, Valdemar Alves admitiu que não esperava este resultado. “Foi uma surpresa”, disse aos jornalistas, referindo-se a uma pena “demasiado pesada”​​​​​. “Não temos palavras”, acrescentou. Já o antigo vereador afirmou que “não estávamos à espera de uma decisão com este peso”, mas que vão reler o acórdão para saber como pode invocar recurso.

O antigo autarca adiantou também que vai reunir com o advogado para decidir os próximos passos. No entanto, deixou claro que “vai ser uma caminhada muito longa” e que “isto não vai ficar por aqui”.

O advogado de Valdemar Alves disse à Lusa discordar do acórdão. “Discordo do acórdão e da interpretação jurídica das normas, pelo que vou recorrer”, afirmou Bolota Belchior.

O advogado do ex-vereador da Câmara de Pedrógão Grande, Victor Faria, disse que também vai recorrer da condenação do seu cliente a seis anos de prisão, o que considerou uma pena pesada.

“Não estávamos à espera de uma decisão com esta gravidade, com este peso”, afirmou o advogado após a leitura do acórdão, no Tribunal Judicial de Leiria. Em declarações aos jornalistas, o advogado afirmou que irá “ler o acórdão com atenção” para eleger “aquilo que será invocado” no recurso que irá interpor.

Valdemar Alves foi ainda condenado a pagar solidariamente, juntamente com mais 12 arguidos, os pedidos cíveis formulados pelo Fundo Revita (109.383,30 euros), pela parceria União das Misericórdias Portuguesas/Fundação Calouste Gulbenkian (185.233,33 euros) e pela Cruz Vermelha Portuguesa (111.579,01 euros), totalizando 406.195,54 euros.

Foto: DR


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