Greves de professores encerra várias escolas em Pombal

Escrito por em 2023-01-10

Os protestos dos professores e funcionários encerraram esta manhã, de terça-feira, 10 de Janeiro, várias escolas na cidade de Pombal, entre elas a Escola Secundária, a Escola Marquês de Pombal e a Escola Gualdim Pais, como explica Carla Piedade, dirigente nacional do Sindicato de Todos Os Professores (STOP) e professora na Escola Secundária de Pombal.

Hoje, o protesto, que juntou todos os profissionais da escola pública, levou mesmo ao encerramento dos estabelecimento de ensino, com centenas de alunos a ficar sem aulas e muitos pais a ter que procurar alternativas para deixar os filhos, no entanto a dirigente sindical garante que “todos os profissionais de educação têm plena consciência dos constrangimentos que o encerramento de uma escola traz às famílias, mas mais do que isso, nós [professores] temos plena consciência que a situação actual não é benéfica, de forma alguma, para os nossos alunos e para as suas famílias, e é por esse motivo que recorremos ao último dos recursos, que é o encerramento das escolas”.

Para Carla Piedade, “estes encerramentos não nascem de uma decisão que não tenha em atenção a escola, eles nascem da vontade da defesa da Escola Pública, e pela valorização da Escola Pública”. A docente adianta que “esta luta dos professores, e agora de todos os profissionais de educação, tem sido uma luta cívica, e uma aula de civismo”, e revela que “todos os professores quando são questionados pelos alunos em relação aos motivos da luta explicam o que se passa”.

“Já tivemos, até aqui na Escola [Secundária de Pombal], a oportunidade de ter uma reunião com a Associação de Estudantes, precisamente para explicar aos representantes dos estudantes os motivos da nossa luta, e eles percebem que é por eles que lutamos”, garante, considerando que “os professores, aquilo que fazem e as decisões que tomam, têm sempre em consideração o superior interesse dos alunos”.

Questionada sobre outras eventuais paralisações, Carla Piedade, explica que “será uma decisão a tomar” pelo pessoal docente e não docente, em conjunto, uma vez que “o direito à greve é um direito individual, por isso cada pessoa deve tomar a decisão, assim não podemos decidir se amanhã a escola estará fechada ou não”, no entanto, a dirigente do STOP explica que “neste momento o nosso grande objectivo é a Marcha pela Educação, que decorre no dia 14, sábado, em Lisboa”, sendo “uma Marcha aberta a toda a comunidade escolar: pais, alunos, professores e pessoal não docente. No fundo, aberta a todos os interessados pela salvaguarda da escola pública”, remata.

 


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