Detido em Pombal é suspeito de roubar em lares de idosos
Escrito por 97fm Rádio Clube de Pombal em 2021-11-12
Grupo criminoso actuava sobretudo na região centro e norte
A GNR anunciou, no dia 11, que deteve cinco pessoas por furtos a cofres em lares de idosos e centros de apoio social em várias zonas do país, mas com especial incidência no Norte e Centro. Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana avança que as detenções, de quatro homens e uma mulher, foram feitas nos concelhos de Pombal e Amadora e ocorreram durante uma operação policial realizada na segunda-feira (dia 08).
A GNR refere que, no decorrer da monitorização e análise da actividade criminal, detectou vários furtos em lares de terceira idade, centros de apoio social e edifícios similares, cujo objectivo seria a extracção dos cofres existentes nestas instituições e que geralmente continham “avultadas quantias em dinheiro e vários bens”. Pela dispersão territorial do fenómeno, com maior incidência nas regiões Centro e Norte do país, o inquérito e a investigação foram centralizados na Unidade de Intervenção da GNR, em coordenação com todo o dispositivo policial, refere aquela força de segurança.
A GNR explica que foi possível apurar a estrutura hierárquica do grupo e o respectivo ‘modus operandi’, que consistia em realizar reconhecimentos para explorarem “as vulnerabilidades de vários lares e instituições e posteriormente, em regra durante a noite, fazerem a intrusão nas instalações através de arrombamento ou escalamento, para se apoderarem dos cofres e dos valores de alguns utentes”. De acordo com a corporação, os suspeitos encontravam-se organizados com tarefas “bem definidas na sua actuação”, desde a pesquisa dos alvos, à condução dos veículos usados e ao manuseamento de ferramentas para o arrombamento.
A GNR frisa que três dos detidos já tinham antecedentes criminais, um dos quais tinha cumprido pena de prisão por homicídio e outros dois por furtos, burlas e detenção de arma proibida. A mesma Guarda indica que foi dado cumprimento a 12 mandados de busca, sete domiciliárias e cinco não domiciliárias, em viaturas, nos concelhos de Pombal, Coimbra, Famalicão e Póvoa de Varzim.
Durante a operação foram apreendidos quatro automóveis, um reboque, cerca de 13.800 euros em numerário, uma arma de fogo, 188 doses de folhas de canábis, 994 doses de haxixe, diversos objectos em ouro e joalharia, três computadores portáteis, 16 telemóveis, dois aparelhos GPS, três cofres e dois carros de transporte de objectos. Três ‘walkie-talkies’, uma câmara endoscópica, uma máquina fotográfica, diverso material de corte e arrombamento, uma escada telescópica, várias cordas, vestuário, luvas, gorros passa-montanhas e três lanternas foram outros materiais apreendido pelos militares da GNR.
Os detidos foram presentes ao Departamento de Investigação e de Acção Penal (DIAP) de Lisboa na terça-feira e quatro ficaram em prisão preventiva e um com termo de identidade e residência. A operação policial contou com a colaboração de várias Unidades da GNR, nomeadamente com o reforço das equipas dos núcleos de investigação criminal dos destacamentos territoriais de Pombal, Leiria, Barcelos, Santo Tirso e Anadia bem como o apoio da Polícia de Segurança Pública.
Detenção em Pombal
A 97FM apurou que, em Pombal, foi detido um homem, motorista de profissão, numa operação de grande envergadura que decorreu na madrugada do dia 8. Pouco depois das 5 da manhã, várias carrinhas da GNR estacionaram perto da habitação do detido, que já estaria a ser vigiada. Os militares entraram na habitação, um primeiro andar na Rua de São Lourenço, arrombando a porta e gerando momentos de alguma tensão.
Segundo alguns vizinhos, o homem acabou por ser conduzido para uma das carrinhas, algemado, enquanto as buscas incidiram não só na residência mas também em duas garagens anexas. Terão sido apreendidas viaturas e ferramentas, mas também outro material, dado que foram vistos vários sacos a serem trazidos de casa pelos militares.
O facto de no mesmo dia estar a ser noticiada uma grande operação da Polícia Judiciária, a decorrer em todo o país, levou muitas pessoas a pensar que este seria um caso relacionado com o dos militares portugueses na República Centro Africana, mas o comunicado da GNR do dia 11 veio esclarecer que o motivo da operação era outro.