“Desconfinamento cultural” com dezenas de propostas em Pombal

Escrito por em 2021-04-18

Digressão de despedida dos palcos de Eunice Muñoz passa pelo Teatro-Cine em Maio

Queira a pandemia dar tréguas e os planos de desconfinamento se manterem sem alterações e não faltarão actividades culturais nos próximos meses em Pombal. O “desconfinamento cultural” já se iniciou, com a abertura da exposição “Interactivity”, de Nuno Mika, na Casa Varela – Centro de Experimentação Artística, e prossegue esta semana, com a oportunidade de visitar ou revisitar a exposição Coches Miniaturas – Modelismo de Coches de José Cardoso Brito, no Museu Marquês de Pombal. Mas a partir da próxima sexta-feira (dia 23) e até Setembro, estão já agendadas mais de três dezenas de actividades que abrangem áreas diversas como o teatro, música ou artes plásticas, entre outras. Fique agora a conhecer algumas delas.

Já esta sexta-feira, na Casa Varela, decorre a performance visual PERCEPTION, associada à exposição de Nuno Mika que aí está patente. Há ainda uma outra actividade associada que está planeada para o dia 5 de Junho, dia de encerramento da exposição Interactivity, e que consistirá numa performance Áudio Corpo Visual intitulada Realidade Aumentada.

Solitária (Foto: Alma d’Arame)

A partir do dia 24 de Abril e até dia 6 de Junho andará pela cidade a segunda fase do Festival Manobras. CRASSH_DuoCircus é a proposta para a manhã de sábado (24/04) e consiste numa viagem louca aos sons que não sabes serem possíveis. Capacetes, baldes ou tachos servem para fazer música, com malabarismo e comédia pelo meio. O Manobras prossegue em Maio com “Arquétipo” (dia 2), numa linguagem artística entre a dança e a acrobacia contemporânea que reflecte sobre o Amor na sociedade actual; a oficina de conto e criação de marionetas de luva “Histórias a Meias” (dia 15); “Solitária” (dia 15), um espectáculo multidisciplinar com elementos multimédia, de dança e de música; e “O Meu Pequeno Grande Mundo” (dia 23), no teatro mais pequeno do mundo. Por fim, já a 6 de Junho, o Manobras encerra com “CircOOnferência”, uma conferência sobre o Circo e a sua história, dedicada ao pequeno público.

Maio é tradicionalmente o mês do Marquês e contará com algumas actividades associadas. A 8 de maio, com algum atraso devido à pandemia, celebra-se a chegada da Primavera ao centro histórico. Este ano, o desafio proposto às IPSS’s e Lares foi o de criar cenários primaveris com molduras artísticas inspiradas na época barroca. Os mais novos poderão participar, no dia 13, na oficina Desenhar no Museu, dinamizada pelo Atelier do Papel, e, no dia 18, assistir à peça de teatro com fantoches “Perséfone e as Estações do Ano”, sobre os mitos representados nos estuques ou nas esculturas do Palácio de Oeiras. No fim de semana de 22 e 23 de Maio está de volta o Festival Pombalino, um evento de recriação histórica que tomará conta de vários espaços da Praça Marquês de Pombal.

O início de Maio conta também com dois espectáculos musicais no Teatro-Cine. No dia 6, são os Calema quem sobem ao palco num concerto integrado na campanha solidária Missão Continente, e no dia 8 é a vez de Teresa Salgueiro se apresentar na sala pombalense, reflectindo sobre a sua carreira desde que abandonou os Madredeus. Previsto ainda para o mês de Maio está o Roteiro Sensorial “Às Cegas nos Sentidos” (dia 8), incluído no Congresso Rede Cultura 2027; a abertura da exposição colectiva de artistas pombalenses “DesConfinar” (dia 9); e o espectáculo “Qubim – Trupe Fandanga” (dia 30), da companhia Circolando. Mas o destaque neste mês vai para a peça “A Margem do Tempo”, em cena no dia 29 no Teatro-Cine, que marca a despedida dos palcos da actriz Eunice Muñoz, celebrando 80 anos de carreira.

Junho é o mês que marca o regresso do “Caminhos da Leitura”, o já afamado Encontro de Literatura Infanto-Juvenil de Pombal, este ano num formato adaptado às circunstâncias pandémicas. Agendado entre os dias 11 e 25 de Junho, deverá contar com várias actividades associadas. No dia 19 decorrerá o Baile dos Pastorinhos, uma oficina pedagógica para folcloristas e professores, que visa promover as danças tradicionais da Alta Estremadura.

O confinamento, como se sabe, fez adiar muitas actividades e o Festival de Teatro de Pombal vai realizar-se, este ano, no mês de Julho. Do programa consta o regresso à cidade da Companhia Chapitô, agora com “Hamlet” (dia 3), e da ESTE – Estação Teatral da Beira Interior, para apresentar “O Relato de Alabad” (dia 9). Mas haverá mais teatro para ver… “Car12” (dia 10), “Isla” (dia 11) e “Robertices” (dias 16, 17 e 18) são outras das propostas, para além da participação do Teatro Amador de Pombal que, no dia 18, volta a apresentar a sua última produção, “O Banquete”.

O evento que tem trazido animação à cidade no Verão e que também está de volta este ano é o Festival Sete Sóis Sete Luas. Decorre maioritariamente no mês de Agosto, apenas com duas excepções. A primeira deve-se ao facto de Pombal acolher este ano o espectáculo de abertura e a apresentação pública da programação do festival. Isso vai ocorrer a 26 de Junho, com o concerto da Med 7Sóis Orkestra, uma daquelas bandas criadas pelo Sete Sóis Sete Luas e que junta músicos de várias proveniências. Já em Agosto, o artista cabo-verdiano Tutu Sousa estará por cá em residência artística e vai criar uma peça de street art. Quanto a espectáculos, poderemos ver a artista de circo Jessica Arpin (dia 7); o concerto da banda Santo Antão 7Sóis (dia 14), formada por músicos cabo-verdianos, acompanhada pelo cantora Gwendolina Absalon, da Ilha de Reunião; o palhaço Jango Edwards (dia 20); o show de flamenco de Ana González y Su Gente (dia 21) e o concerto do colectivo italiano Parafonè (dia 28). O Sete Sóis Sete Luas despede-se da edição 2021 a 5 de Setembro com mais um concerto de uma banda criada pelo festival. Desta vez é a 7Sóis Luso-Voices que integra o músico pombalense Ricardo Silva.

O espectáculo “Sob a Terra” foi uma das propostas seleccionadas no âmbito do projeto-piloto “Não Brinques com o Fogo”, promovido pela Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais e pelo Ministério da Cultura. Entre os envolvidos neste projecto estão o dramaturgo Luís Mourão, responsável pelo estrutura dramatúrgica da peça e o processo criativo, o artista plástico Nuno Viegas, a artista Débora Umbelino (Surma), o realizador Álvaro Romão, responsável pelo documentário que regista o processo criativo e Frédreric da Cruz, Diretor da Companhia de Teatro Leirena e encenador da peça. Poderá ser visto em Pombal a 24 de Agosto.

OMIRI (Foto: Ana Filipa Flores)

Por último, nesta longa lista de propostas culturais, destacamos o concerto de OMIRI, um dos mais originais projectos de reinvenção da música de raíz portuguesa. Será no dia 4 de Setembro. No dia seguinte, OMIRI apresentará o seu novo CD e livro na Aldeia do Vale.


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