CDS-PP visitou freguesia de Abiul e pede mais apoios para o meio rural

Escrito por em 2024-09-16

A falta de apoio que o meio rural tem para o seu desenvolvimento e algumas “queixas” de amigos e companheiros motivou que a concelhia de Pombal do CDS-PP organizasse uma visita de trabalho à freguesia de Abiul. Outra das razões prendeu-se com os incêndios de 2022, em que ardeu uma boa parte da freguesia, porque os centristas dizem que ainda há muito trabalho por fazer. Numa nota de imprensa em que anunciava a iniciativa, o CDS-PP de Pombal frisava que não estavam em causa os acessos ou infraestruturas básicas, mas sim “a falta de ajuda à actividade agrícola, silvícola, florestal e pastorícia”, considerando que “a maioria dos proprietários rurais tem muita dificuldade em aceder aos fundos que são geridos centralmente” e garantindo que “têm que ser os municípios a acompanhar e ajudar aqueles que querem investir nestas actividades”.

Da iniciativa, que percorreu várias localidades da freguesia, ficou a constatação de que ainda existem barracões em ruínas, árvores ardidas e placas de sinalização queimadas que não foram substituídas. Em jeito de balanço, o líder da concelhia de Pombal do CDS-PP disse que um dos objectivos passou por identificar situações para alertar o Município de Pombal, e nomeadamente a Protecção Civil, para que possam ser corrigidas. “Há um período de dois anos que já é suficiente para identificar quais as árvores que voltaram a rebentar e quais as que estão mortas. Há muitas árvores mortas à beira de caminhos e estradas que, com a chegada do Inverno, podem tombar facilmente e colocar em perigo a segurança das pessoas”, esclarece Telmo Lopes, para quem é necessário falar com os proprietários dos terrenos e resolver essa situação.

A concelhia do CDS disse também ter encontrado bons exemplos, com olivais e habitações a serem recuperadas, contrastando com o abandono generalizado da maioria dos terrenos que já foram ocupados com espécies invasoras e eucaliptos. Na visita a uma casa de segunda habitação que está a ser recuperada, ouviram o proprietário queixar-se de dificuldades burocráticas com o Município de Pombal e outras entidades. “Se queremos que as pessoas invistam nesta zona, temos de facilitar o processo e até, por exemplo, isentar taxas ou até o IMI”, afirma o presidente dos centristas pombalenses. Para o CDS, “a única forma de salvaguardar estes territórios rurais dos fogos florestais, é se existir actividade florestal, agrícola e pastorícia. Se não houver esta actividade, não há política de combate a incêndios que seja eficaz.”

Telmo Lopes afirmou que recebeu do Município de Pombal o relatório sobre os prejuízos causados pelos incêndios de 2022 na freguesia de Abiul e, depois de analisar o documento, questiona  o porquê de, não existindo apoio do poder central, “que já não virá de certeza”, o Município não ter tido “a iniciativa política, porque se trata de uma opção política, de ajudar os pequenos agricultores que ficaram com estes prejuízos”. A concelhia de Pombal do CDS-PP vai agora pedir por escrito, ao Município de Pombal, que olhe para estes munícipes e que “os ajude a recuperar as suas culturas, plantações, criações de gado e outras actividades, investindo dessa forma na prevenção dos fogos e no desenvolvimento do território”.


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